Trabalho
em uma estância, onde mora um estancieiro e seu filho. Eles são muito ricos,
cheios de onças e pratarias. Porém são pessoas más e egoístas.
O estancieiro, que é meu patrão, nunca
empresta nada a ninguém, muito menos seus cavalos. Num dia de muito frio não
abre a porta a nenhum necessitado, e num dia de muito calor não deixa que descansem
nas sombras de suas árvores, muito menos beber de sua água.
Somente para três pessoas ele se dirigia:
seu filho, a mim, e a um escravo que todos chamavam de Negrinho por ser preto
como carvão. Esse escravo era muito mal tratado pelos dois.
Certo dia o vizinho fez uma visita ao meu
patrão. Ele dizia que seu cavalo era mais rápido que o da fazenda, então eles fizeram
uma aposta. O patrão queria ganhar a corrida, mandou o Negrinho treinar
o seu cavalo mais veloz, conhecido como baio.
Meu patrão, seu filho e eu fomos
assistir a competição. O Negrinho, que já sabia que sofreria se perdesse a
disputa, estava tremendo de medo. Após as apostas, começou a corrida. Baio
estava mais a frente do que o mouro, quase ganhando. Mas algo assustou o cavalo,
que se empinou, e o mouro passou e ganhou a corrida. Raivoso então meu senhor teve
que cobrir as apostas.
Por perder a corrida e seu dinheiro
meu patrão deu um castigo ao Negrinho. Ele deveria cuidar do cavalo perdedor
junto com mais trinta outros cavalos durante trinta dias e trinta noites. Além
disso, o Negrinho levou trinta chicoteadas.
Alguns dias depois, o Negrinho adormeceu
enquanto rezava para Nossa Senhora, e os cavalos acabaram se soltando e
fugiram. Quando acordou percebeu que havia perdido o pastoreio e começou a chorar.
Como o filho do patrão viu tudo, por maldade
foi contar ao seu pai que o Negrinho havia perdido os cavalos. Furioso o patrão
chicoteou novamente o menino e o mandou procurar o pastoreio perdido.
Negrinho conseguiu achar os cavalos e
os prendeu. Estava cansado e dolorido, então se deitou. O filho do meu patrão
estava observando tudo e por maldade assustou os animais, que fugiram.
O menino então foi contar ao seu pai
que o escravo tinha achado o pastoreio, mas os deixado fugir de novo. Ainda
mais raivoso bateu muito no pobre Negrinho, que desmaiou de dor. Meu senhor
pensando que ele havia morrido o jogou em um formigueiro.
No outro dia resolvi ir ver como
estava o corpo do menino. Quando chego lá noto a presença do meu patrão. Além
dele encontro o Negrinho em pé, sorrindo ao lado de Nossa Senhora, junto com os
trinta cavalos perdidos. Então vejo o Negrinho montado no cavalo baio partir com
o pastoreio.
Gostei do post, bem diferente dá história verdadeira, porém tendo o mesmo sentido, gostei de vários aspectos que você citou sobre o negrinho do pastoreio, são poucos parecidos com a história verdadeira,mas com mesmo significado.
ResponderExcluirTexto muito bom. Parabéns!
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